Em nome do estado democrático de direito, há pessoas, além dos esquerdistas insanos, se colocando ao lado de Renan Calheiros, Gleisi Hoffman, Jean Wyllys, hackers e mais uma horda composta por todo tipo de canalhas e bandidos, alguns, inclusive, já condenados ou em vias de ir para a cadeia.
Para essas pessoas, Sérgio Moro é um bandido. Tão bandido quanto bandidos já condenados por ele e presos porque condenados em instâncias superiores.
Ou seja, Sérgio Moro cometeu crimes mas é tão poderoso ou habilidoso que convenceu boa parte do judiciário a segui-lo.
Quem parte do pressuposto de que Moro deveria estar na cadeia se autodenomina legalista e trata o atual Ministro da Justiça como um proto ditador. Defendem a Lei acima de qualquer coisa e portanto, quem não as respeita, deve responder por isso.
Mas aí é que entram as variáveis.
Sérgio Moro realmente cometeu crime? Só há consenso nesse sentido entre a bandidagem.
Se houve algum tipo de abuso ou irregularidade, é de tal magnitude que o ex juiz tenha que ser preso?
Se tais erros ocorreram, deixam claro que a Lava Jato era um projeto de poder de Moro e de certos agentes públicos da Justiça?
É preciso uma boa dose de rigor com a própria justiça e outra tanta dose de tolerância com o crime para se acreditar nessas teorias.
Só alguém com senso de proporção completamente desvirtuado para tentar transformar os supostos erros de um juiz em uma trama para destruir o estado democrático de direito.
Só isso para explicar pessoas pedindo cadeia pra um juiz que ajudou a prender bandidos os piores possíveis, alguns inclusive, réus confessos.
É um discurso legalista boboca. Boboca mas perigoso. E hipócrita e fingido.
Hipócrita porque todos sabemos, que se for para por em prática o que tais legalistas desejam, a começar pela prisão do Moro, o que teríamos seria justamente a completa ruína do estado democrático de direito e a volta ao poder dos que fizeram desse Estado a pocilga na qual vivemos.
E são queixas fingidas, porque não precisa ser muito inteligente para saber que as conversas entre os promotores e o juiz Sérgio Moro jamais colocariam em risco a justiça e a democracia brasileiras.
O que nos colocou em perigo foi exatamente a maior, mais corrupta e perigosa quadrilha que já se instalou nos três poderes brasileiros. E não, Moro e Bolsonaro não faziam parte dela.
E se revelam ainda mais hipócritas quando vemos uma revolta imensa contra Moro e Dallagnol mas silêncio contra todos os abusos recorrentes e diários do Judiciário.
Não há críticas, pelo menos não na mesma intensidade, à ação de um Supremo ativista, aparelhado, que usurpa as funções do legislativo e executivo. Nem à ação quotidiana de juízes que exercem seus poderes para fazer a festa da bandidagem. Isso sim coloca em risco o estado democrático de direito. Mas o silêncio é geral por parte dos legalistas. E sabe por quê?
Porque o Supremo e o judiciário em peso não são simpáticos ao governo Bolsonaro e tampouco aos planos de Moro para combater a bandidagem. É aí que mora o problema por mais que neguem. É a repulsa a Bolsonaro, desde sempre e não depois de eleito. Repulsa que se estendeu automaticamente a Moro quando esse se tornou ministro.
Exaltam o Estado Democrático de Direito mas não aceitam a eleição legítima de um presidente.
Exaltam o Estado Democrático de Direito mas não se incomodam em defender cegamente um Estado cuja legalidade foi construída com militância nas faculdades de Direito, com mensalões e petrolões.
É o culto da aparência, a exaltação do faz de conta, a apologia da superfície.
“Roubem, mas o façam dentro da lei e polidamente” E daí há décadas vemos leis sendo aprovadas com a finalidade de facilitar a vida dos bandidos em geral e dos corruptos em particular.
“Destruam reputações, mas o façam dentro dos padrões refinados da Rede Globo.” E são décadas ridicularizando, criminalizando e calando o discurso conservador.
Essa é a essência dos legalistas revoltadinhos com Moro e Bolsonaro.
Escandalizam-se com as grosserias e trapalhadas do Presidente, a ponto de pedirem impeachment, mas debocham e duvidam da facada que quase matou o candidato, com naturalidade típica de psicopatas. Alguns chegam a duvidar do fato. Tudo com muita polidez, e legalismo, naturalmente. Polidez e senso de justiça que também não me faltam, embora não faça deles motivos para tratar Bolsonaro como um monstro e tampouco Moro como um criminoso.
A propósito, apesar, das derrapadas do Presidente, cada dia mais me convenço que fiz o certo. Cada vez mais tenho a certeza que meu voto nele foi a decisão mais acertada. Até mesmo porque não tenho político de estimação e portanto consigo encarar os erros do Presidente sem a histeria de mulher traída e nem com tolerância de mulher apaixonada. Aliás, exatamente o contrário de quem até hoje não consegue aceitar a derrota na última eleição, tal é a idolatria pelo candidato perdedor.