É a nova direita, o caminho da liberdade e da verdade absoluta. Esse caminho não abre vielas para as viúvas da ditadura. Nem para quem faz pouco caso com as minorias.
Eu sou aquele que enxerga o futuro com olhos de compreensão. Quem não vê em passos seguintes, uma maré de sangue causada por denominadores revoltosos, psicopatas de rebeliões ou farrapos que levantam seus punhos aos céus, de formas ingratas e sanguinolentas.
Eu sou aquele que nunca se adaptou a utopias, em mundos imaginários criados a partir de prepotências mentais. Sou quem carrega o fardo da realidade, do mundo onde no lugar dos pôneis, há pobres negros de sangue vermelho que buscam os apogeus de suas hierarquias.
Desde que o samba é samba, é assim! E a tristeza, maldita senhora de saias curtas!
O sangue não escorre. Os grandes homens de poder, os esmagam contra suas carnes. Homens de poder, os que não produzem, mas roubam produções de gente que conserva em si o poder daquele que derramou sangue por nós.
Sou filho do Homem do poder absoluto! O que teve como fardo, a cruz!
Sou o que vê na aquisição monetária, a liberdade, e na poupança inchada, o suor de gente que carrega nas costas, enxadas.
O esforço, a batalha dos seres selvagens. Que conspiram por grandezas mútuas através das mãos calejadas e pés descalços.
Sou quem conserva as morais, os princípios humanos. De que o homem é homem, o belo é belo, amor é amor e o ódio é ódio. E que os ciganos ideológicos, são sujos e desonestos.
Sou quem nunca se virou ao lado da baderna, da promiscuidade e da desonra. Sou quem sempre esteve no azul ideológico. Sou quem segue adiante e sabe que a contramão é à esquerda, o caminho da casa da dona Mimizenta e do moço-fêmea com barba falha e bossa-nova nos ouvidos.