A legitimidade de Israel e o ódio da esquerda contra este país

Entender o conflito do Oriente Médio entre Israel e os demais regimes totalitários da região não é complexo. É mais simples do que se pensa. De um lado, há Israel, a única democracia do entorno que só quer existir como um Estado judaico e viver em paz em seu território; do outro lado, a Palestina e diversos países árabes, que pregam abertamente a erradicação de Israel do mapa, não reconhecendo a existência israelense partilhada e legitimada pelas Nações Unidas em 1947. O Estado judeu reconheceu e respeitou a decisão da criação de um Estado árabe e até hoje tenta negociações de paz, mas os inimigos não cedem.

Israel, mesmo recém-criado, foi vítima de ataques covardes de países como Líbano, Síria, Iraque, Jordânia e Egito, no dia seguinte à sua fundação, com o objetivo de destrui-lo.  No entanto, os israelenses não só sobreviveram como também mantiveram o seu território, derrotando os exércitos rivais. Agora, a história se repete, e desta vez com a Palestina. O Hamas, organização terrorista que controla toda a Faixa de Gaza após a deflagração de um golpe de Estado, persiste em lançar foguetes e mísseis para acometer a sociedade civil israelense. Nestas circunstâncias, o que Israel faz? Reage à altura, defendendo a sua população e as instituições do país, através de suportes tecnológicos antimísseis.  Supondo que Israel recuasse, o que haveria? Uma carnificina em massa de judeus.  Inclusive, entre setembro e outubro de 2015, o excesso de ataques contra judeus fez com que a polícia e as autoridades israelenses recomendassem o porte de armas pela população para defender-se. Vale destacar que os direitos civis são vilipendiados constantemente em países islâmicos (a exemplo de conversões forçadas, da criminalização da homossexualidade e da agressão contra mulheres e cristãos) em nome da barbárie.

É uma lástima, também, que certos setores midiáticos e grupos políticos de esquerda estejam contribuindo para disseminar o antissemitismo em diversas partes do mundo, por inveja ou ódio. O que poderia explicar tanta repulsa e ofensas de baixo calão por parte de ativistas socialistas/comunistas? Vejamos alguns fatos:

 

1) De acordo com o último Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) divulgado, Israel se posiciona no 18° país mais desenvolvido do mundo e como o país com melhor padrão de vida em todo o Oriente Médio. Israel supera, inclusive, grandes potências, como Japão, França e Itália, por exemplo. Este estudo mensura algumas variáveis, como expectativa de vida, educação e renda.

2) Em um território mais ou menos do tamanho do Estado de Sergipe e com 60% de sua extensão territorial constituída por deserto (Deserto de Neguev), qual país teria a sabedoria de criar a maior usina de dessalinização do mundo, na cidade de Hadera, ao norte do país, para produzir mais de 120 milhões de litros de água potável por ano e abastecer um em cada seis israelenses? Lembrando que já há várias usinas espalhadas pelo país e que até 2020 prevê-se que toda água potável seja oriunda da dessalinização, de acordo com a coordenadoria de relações internacionais do Serviço Meteorológico de Israel (IMS).

3) Israel é referência mundial no que se refere a modernas técnicas de irrigação no combate à desertificação ao disponibilizar grandes lavouras e plantações, cujos produtos (frutas, legumes, verduras, leite, hortaliças) são exportados para dezenas de países, a partir do sistema de gotejamento. Quase toda a água produzida em centros urbanos (entre 70 e 80%) passa por reuso e o esgoto é reciclado.

4) Israel é um dos países mais promissores do mundo no que concerne à alta tecnologia e à ciência. Possui grandes contribuições científicas em engenharia, biotecnologia, medicina, física, química e óptica, amealhando vários prêmios Nobel. Tudo isso é oriundo de grandes investimentos e gastos em pesquisas, com a apresentação de elevadas patentes e publicações, proporcionando uma revolução tecnológica que mudaria para melhor o progresso e a acessibilidade a esses inventos.

5) Israel é um país vanguardista no que tange a elevados investimentos em energias limpas e renováveis, como a solar. Lá possui a maior parabólica solar do mundo e o barateamento desta energia para os lares israelenses. 9 de cada 10 lares aderiram à energia solar para aquecer a água.

6) Israel é a única democracia representativa sólida no Oriente Médio e um dos maiores bastiões dos costumes ocidentais do mundo. Lá, há pluripartidarismo (inclusive com presença de árabes no Parlamento), eleições diretas para a escolha do primeiro-ministro, por exemplo, e transparência política. Considerado um país desenvolvido, destaca-se pela independência e fortaleza das instituições.

7) Israel é uma referência global na modernização da informática, a partir da criação de softwares e da concentração de start-ups, impulsionando a educação tecnológica no país. Há quem diga que Tel Aviv seja “o Vale do Silício do Oriente Médio”.

8) Israel possui um dos serviços de inteligência mais sofisticados, prósperos e temidos do mundo. Denomina-se Mossad e se propõe sempre a atingir suas metas ao garantir a soberania nacional e proteger o seu território e o seu povo contra ataques do fundamentalismo islâmico no continente.

9) Conforme dados do Doing Business, Israel, este minúsculo país de aproximadamente 8,2 milhões de habitantes, possui uma renda per capita de quase US$ 35.000, cifra digna de um país de primeiro mundo, a partir de serviços de qualidade e da produtividade dos indivíduos.

10) Em relatório da Organização para a Cooperação Econômica e Desenvolvimento Educacional (OCDE), de 2012, Israel se destacou como o segundo país mais escolarizado do mundo, perdendo apenas para o Canadá, com 46% da população com nível superior. Lembrando que Israel também possui uma das maiores quantidades de mestres e doutores no planeta.

 

Diante dos fatos elencados acima e de muitos outros, torna-se simples compreender o porquê de tanta campanha negativa e de tantos insultos por parte de militantes esquerdistas e de setores da comunidade islâmica. Como são aversos aos conceitos de liberdade (civil, econômica e de imprensa), deve ser inaceitável compreender como um minúsculo país – fundado há menos de 70 anos e o mais ameaçado de destruição em toda a história por terroristas – pôde triunfar e proporcionar ao seu povo tantos investimentos em recursos humanos e em tecnologia e acesso à produção de riquezas. Tudo isso está envolto do que se chama GESTÃO.

Israel é um país que historicamente priorizou a infraestrutura e um modelo econômico livre, competitivo e de mercado, através da meritocracia, do respeito aos contratos e da pluralidade. Enquanto isso, em países islâmicos e em países populistas de esquerda prevalecem sempre o autoritarismo, denúncias constantes de fraudes em períodos eleitorais, o controle estatal sobre a liberdade individual e os meios de produção, a violação sistemática dos direitos humanos e a perseguição contra veículos de comunicação independentes e dissidentes.

A seguir, uma declaração do escritor e ensaísta George Orwell que desperta uma reflexão sobre esta temática: “Se a liberdade significa alguma coisa, será sobretudo o direito de dizer às outras pessoas o que elas não querem ouvir”.