As pessoas mais jovens não têm como comparar, mas o comportamento do PSOL é, em tudo, idêntico ao comportamento que tinha o PT nas décadas de 80 e início de 90.
O PT surgiu como um partido formado por intelectuais de esquerda, alguns sindicalistas e logo atraiu uma infinidade de artistas, encantados com a ideia de um partido “de trabalhadores braçais”. O fato do partido ter tantos integrantes de duas categorias que são tudo menos trabalhadores braçais, intelectuais e artistas, aparentemente não causou estranheza.
Como não tinha ainda nenhuma prefeitura ou governo de estado, o partido se sentia extremamente confortável em criticar e denunciar toda possível corrupção dos governos da época. Quase toda denúncia de irregularidades era apresentada pelos parlamentares do PT. Quem queria fazer alguma denúncia, procurava um político petista, que sempre tinha espaço na mídia. Assim que o PT começou a eleger prefeitos, diversas denúncias de irregularidades foram surgindo, mas o partido sempre contou com uma simpatia criminosa por parte dos profissionais de imprensa e, assim, a população nem ficava sabendo que administrações petistas tinham tanto ou mais corrupção quanto as outras.
Todas as pautas e programas defendidos pelo PT eram, de forma velada, defendidas também por novelas, peças de teatro, filmes, etc. Assim, a população era doutrinada de forma inconsciente e, como consequência, achou normal eleger mais prefeitos, governadores e até presidentes do PT.
Porém, chegamos em um ponto onde praticamente ninguém mais acredita no Partido dos Trabalhadores. E não é por coincidência que surge, no cenário político nacional, um outro partido de esquerda, com o mesmíssimo comportamento.
O PSOL foi fundado por dissidentes do PT, insatisfeitos com a “guinada à direita” (digno de risos) do partido, ou seja, ainda mais radicais. Que fique bem claro que eles não deixaram o partido por discordarem das falcatruas. Muito pelo contrário. Mesmo após as denúncias do Mensalão e do Petrolão, o PSOL ainda orientou seus eleitores a votarem em Dilma em 2014.
Mas agora, eleita Dilma, eles já pensam em 2018. E não é de se espantar vermos, nos políticos do PSOL, o mesmo ar fingido de moralista preocupado com a corrupção na política, mesma simpatia dos artistas em geral, mesma truculência e desonestidade de informações e, é claro, mesmas técnicas utilizadas há 20, 30 anos pelo PT.
Acabo de ver um trecho do programa “Tá no ar” do Marcelo Adnet, que inicialmente era um programa diferente, fora do padrão global de doutrinação e com críticas até ao politicamente correto. Mas agora, Adnet já está fazendo campanhazinha suja de conteúdo ideológico. Para quem não sabe, Adnet apóia Marcelo Freixo, do PSOL, à prefeitura do Rio de Janeiro.
Nesse trecho, dois homens defendendo ideias de direita ou conservadoras (críticas às entidades de direitos humanos defenderem bandidos e a favor do porte de armas) perguntam a opinião do Adnet e ele toma “Activista” para poder cagar pela boca. Até o chavão psolista de chamar quem pensa diferente de fascista foi utilizado na piada. Isso mesmo!! Um cara que defende o partido de Luciana Genro, vem dizer que quem caga pela boca são as pessoas que criticam o desarmamento (nenhum comentário sobre o fato da população brasileira ter VOTADO contra o desarmamento).
Com isso, vemos que a história de repete. Como a própria Luciana Genro diz, precisamos estudar História. E para evitar que, daqui a dez ou vinte anos, estejamos todos revoltados com o “Mensalão do PSOL” ou com o “BNDESão do PSOL”, convém que estejamos cientes de como foi que o PT começou (e como acabou) e suas semelhanças com os dias atuais.