Uma pequena amostra do que seria o “controle social da mídia” proposto pelo PT, ocorreu recentemente, quando o jornalista Hícaro Teixeira, da página Jacaré de Tanga teve que comparecer à polícia do Senado e ficou sabendo que sua entrada foi proibida, após queixa prestada pelo senador Jorge Viana, do PT. O motivo da queixa? O jornalista somente o perguntou, há 3 meses, qual era o apelido dele na Oderbrecht.
Só lembrando que Senador Jorge Viana (PT-AC), é investigado em inquérito autorizado pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Edson Fachin a pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot. Viana é acusado de receber propina no valor de R$ 2 milhões em 2010. Segundo o Ministério Público, o senador Jorge Viana pediu dinheiro para campanha eleitoral de seu irmão, Tião Viana, ao governo do Acre, em 2010. Os delatores disseram na delação da empreiteira que repassaram R$ 2 milhões à campanha de Tião Viana, sendo R$ 500 mil como doação oficial e os outros R$ 1,5 milhão como caixa 2.
O chefe do setor de propinas da Oderbrecht, Hilberto Mascarenhas, também disse que R$ 300 mil fora entregues ao senador a pedido de Emilio Odebrecht como apoio ao processo eleitoral de 2014.
O jornalista Hícaro Teixeira gravou um vídeo relatando a tentativa de cerceamento do seu trabalho por parte do senador.
No momento em que uma simples pergunta se transforma em motivo para queixa na polícia, constatamos que a máxima “perguntar não ofende” caiu por terra…