Um dos maiores desacatos da historiografia é sem dúvida a desonestidade que a esquerda criou para tentar viabilizar o Nazismo à sua oposição. O percurso histórico tortuoso que fez com que o Nazismo chegasse a um ponto totalmente desconexo com a realidade, sem dúvida nenhuma, parte de um pretexto revisionista de historiadores marxistas que, tomaram a frente das maiores universidades e editoras do mundo. “Filósofos” como Leandro Karnal, são concepções básicas para compreender o descaso que a turma do “bom-mocismo” faz com o real senso de proporção. Isso é um assunto básico para compreender o caminho que a doutrinação anda tomando, não só no Brasil, mas sim em escala global.
1 – Direita não é só combater o Comunismo
O argumento mais utilizado pelos esquerdistas quando querem atribuir o nazismo como um partido pró-conservador, é dizer que, eram de direita porque combatiam a esquerda, no caso, o comunismo-stalinista. Porém, este silogismo pueril, ignora o fato de que o nazismo também lutou contra o livre-mercado, os conservadores e toda a direita da oposição. Aliás, dados registram que o homem que mais matou comunistas na história foi o próprio Stalin, os alvos eram os rivais da União Soviética, os comunistas da vertente Trotskista.
Seguindo a lógica, Stalin também era de direita?
2 – Noite das facas longas
A direita tradicional da Alemanha na época se opôs ao Nazismo em 1934, após a coalizão que formava o partido ter sido desmanchada, Hitler resolveu eliminar mais de 85 pessoas neste episódio que ficou conhecida como “noite das facas longas”.
Alem disso, membros do Partido Nazista, armados com machados e martelos, saíam por cidades da Alemanha e da Áustria destruindo sinagogas, lojas, casas e cemitérios de judeus, além de matar e levar milhares deles para campos de trabalho.
Hitler, assim como qualquer comunista, também tinha o desejo de trocar a posição de Deus pela do Estado.
3 – As reivindicações políticas do partido Nazista
“O que os nazistas buscavam era uma forma de comunitarismo anticapitalista, antiliberal e anticonservador”, afirma o ensaísta Jonah Goldberg.
Veja algumas das reivindicações políticas:
– Nós exigimos a divisão de lucros de indústrias pesadas.
– Nós exigimos uma reforma agrária adequada às nossas necessidades, uma legislação para desapropriação da terra com propósitos de utilidade pública, sem indenização, a abolição dos impostos territoriais e a proibição de toda a especulação com a terra.
– O Estado deverá se responsabilizar por uma reconstrução fundamental de todo o nosso programa nacional de educação, para permitir que todo alemão capaz e laborioso obtenha uma educação superior e subsequentemente seja encaminhado para posições de destaque. […] Nós exigimos que o estado financie a educação de crianças com excepcionais capacidades intelectuais, filhas de pais pobres, independentemente de posição ou profissão.
– O Estado deve cuidar de elevar a saúde nacional, protegendo a mãe e a criança, tornando ilegal o trabalho infantil, encorajando o preparo físico por meio de leis que obriguem à prática de ginástica e do esporte, pelo apoio incondicional a todas as organizações que cuidam da instrução dos jovens.
4 – Como Hitler conheceu o Nazismo
“No dia 12 de setembro de 1919, uma sexta-feira à noite, ele foi assistir a um encontro do Partido dos Trabalhadores Alemães num salão da cervejaria Sterneckerbräu, de Munique. Como muitos outros da época, esse partido era formado por operários e funcionários de baixo escalão – a maioria deles da estação ferroviária da cidade – e lutavam contra a especulação financeira e as grandes corporações. “Eu ainda tenho esperança de uma verdadeira e justa forma de socialismo, a salvação das massas trabalhadoras e a libertação da humanidade criativa das correntes do capitalismo exploratório”, afirmou um dos fundadores, o poeta e operário de oficinas ferroviárias Anton Drexler, num panfleto que divulgava as ideias do partido. Mas havia uma diferença entre aquele movimento e os outros grupos radicais da Baviera. Além de socialista, o Partido dos Trabalhadores Alemães era nacionalista – e antissemita. Culpavam os judeus por lucrarem com a guerra e provocarem a derrota da Alemanha. Reunia os nazistas originais, apesar de eles ainda não se chamarem assim.
Na palestra daquela sexta-feira à noite, o engenheiro Gottfried Feder apresentou aos cerca de 40 convidados a palestra “Como e por que meios o capitalismo deve ser eliminado”.
5 – O anticapitalismo
No começo da década de 1930, a República de Weimar entrou em mais uma crise, nenhum partido conseguia a maioria necessária no parlamento para eleger o chanceler. Novas eleições eram convocadas e, em cada uma delas, o Partido Nazista ficava maior.
Diante da oportunidade de virar chanceler, Hitler apaziguou o discurso anticapitalista e começou a organizar reuniões e jantares com endinheirados alemães. Passou o fim de 1931 rodando o país em reuniões com empresários, industriais e aristocratas. O interessante é que fazia isso em segredo, sem motivar notícias nos jornais, para evitar a imagem de que era amigo dos ricos. “O partido tinha de manobrar entre os dois lados”, conta o jornalista William Shirer no clássico Ascensão e Queda do Terceiro Reich. “Devia permitir a Strasser, a Goebbels e ao maníaco Feder seduzirem as massas com o grito de que os nacional socialistas eram verdadeiramente socialistas e contra os magnatas do dinheiro. Por outro lado, o dinheiro para manter o partido devia ser obtido jeitosamente daqueles que possuíam em abundância.”
Um dos industriais a apoiar Hitler com mais convicção foi Fritz Thyssen – e sua história é um excelente exemplo do que aconteceu com os empresários na Alemanha nazista. Thyssen era herdeiro das maiores minas e indústrias de siderurgia do país – em 1938, sua companhia era a quarta maior do país em número de funcionários. Foi o principal empresário aliado de Hitler desde que o conheceu, em 1923. Dez anos depois, foi por insistência de homens como Thyssen que o presidente Paul von Hindenburg acabou indicando Hitler para o cargo de chanceler. Aos poucos, porém, Thyssen começou a se assustar com o radicalismo dos nazistas no poder. Depois de 9 de novembro de 1938, a “Noite dos Cristais Quebrados”, o magnata decidiu retirar seu apoio. No ano seguinte, avisou ao governo que discordava da guerra e fugiu para a Suíça. Acabou capturado por agentes nazistas na França, enviado a um sanatório e, depois, a um campo de concentração. Ficou preso com a mulher até o fim da Segunda Guerra Mundial. Pouco antes de morrer, ao reavaliar sua vida, disse: “Como fui estúpido”.
6 – O antissemitismo-marxista
“O antissemitismo na Alemanha não era uma exclusividade dos nazistas. Membros de outros partidos socialistas também desprezavam judeus – e até mesmo o judeu Karl Marx, o pai do comunismo, expressou opiniões que parecem ter inspirado Hitler. No ensaio Sobre a Questão Judaica, escrito em 1843, Marx diz: “Qual a base profana do judaísmo? A necessidade prática, o interesse pessoal. Qual o culto mundano do judeu? A usura. Qual o seu deus mundano? O dinheiro. Muito bem! Ao emancipar se do tráfico e do dinheiro e, portanto, do judaísmo real e prático, a nossa época conquistará a emancipação do judaísmo”.
“Trata-se da velha ideia de que o capitalismo imperou no mundo por causa dos judeus. Marx prossegue com uma receita de como eliminar o judaísmo de todas as esferas: “Uma organização da sociedade que abolisse os pressupostos da usura, por conseguinte, a própria possibilidade de comércio, impossibilitaria a existência do judeu. A sua consciência religiosa dissolver-se-ia como um vapor insípido na atmosfera real, tonificante, da sociedade. […] Descobrimos, pois, no judaísmo um elemento antissocial universal do tempo presente, cujo desenvolvimento histórico, zelosamente coadjuvado nos seus aspectos perniciosos pelos judeus, atingiu agora o ponto culminante, ponto em que tem necessariamente de se desintegrar”
7 – Hitler e sua inspiração no Comunismo
Havia tantas semelhanças entre o novo partido e os revolucionários comunistas que muita gente se confundia. Hitler achava graça dessa confusão. “Os espíritos nacionalistas da Alemanha cochichavam a suspeita de que, no fundo, não éramos senão uma espécie de marxistas, talvez simplesmente marxistas, ou melhor, socialistas”, escreveu ele em sua biografia. Não era coincidência. Na autobiografia, Hitler conta que se inspirou nos movimentos comunistas para escolher o vermelho das bandeiras, os locais dos discursos, os símbolos do partido e até a ideia de panfletar pela cidade em caminhões “cobertos com o maior número possível de panos vermelhos, arvorando algumas bandeiras nossas”. A tática de criar confusão nos comícios também veio dos opositores. “Hitler aprendeu, com os organizadores dos comícios da esquerda, como eles deviam ser orquestrados, o valor da intimidação dos oponentes, as técnicas de disrupção e como lidar com os distúrbios”, conta o historiador inglês Ian Kershaw.
8 – A diferença entre Comunismo x Nazismo
“Um bom livro a comparar nazismo e comunismo é A Infelicidade do Século, do historiador francês Alain Besançon. Apesar de ser recomendado e traduzido no Brasil por Emir Sader, eterno defensor de qualquer desvario socialista, o livro tem uma mensagem clara: nazismo e comunismo são irmãos gêmeos que brigam. Besançon compara as duas ideologias a partir de três tipos de destruição:
Física, política e moral.
Na destruição física, é difícil dizer quem foi pior. Os comunistas mataram mais (por volta de 80 milhões de pessoas, 218 contra 10 milhões dos nazistas), mas num período mais longo e em mais países. Deportações em massa, chacinas a céu aberto ou com gases asfixiantes ocorreram na União Soviética desde a década de 1920. A NKVD, a polícia secreta soviética, criou em 1936 uma câmara móvel de gás, instalada num caminhão que levava as vítimas para a vala comum enquanto elas morriam. Hitler copiou e aperfeiçoou esses métodos”.
A grande diferença está na destruição moral, a capacidade das duas ideologias de tornar o errado em certo, de transformar crimes em práticas não só aceitáveis como necessárias. A princípio, nazismo e comunismo se parecem. Ambos justificaram milhões de mortes em nome de um pretenso ideal superior. Mao Tsé-tung defendia que “talvez metade da China tenha que morrer”; para Himmler, o comandante da SS, “tudo o que fazemos deve ser justificado em relação a nossos ancestrais”. A diferença é que os vermelhos foram muito mais longe nessa perversão moral. “O regime comunista não esconde seus crimes, como fez o nazismo; ele os proclama, convida a população a se associar a eles”, diz o historiador.
Fontes de pesquisa:
– O guia politicamente incorreto da história do mundo
– Fascismo de esquerda