Nos últimos tempos temos visto a imprensa norte-americana distorcer de forma cada dia mais explícita as notícias de forma a tentar jogar a opinião pública contra o Presidente Trump. Uma estratégia criada pela mídia para tentar implantar um controle sobre os sites independentes de notícias, que desempenharam um papel importante nas eleições, acabou se tornando uma munição para Trump. O termo “Fake news”, criado pela mídia para designar as notícias que não seguiam a agenda esquerdista/globalista acabou sendo usado por Trump para denunciar a CNN após esta emissora divulgar uma notícia reconhecidamente falsa contra ele.
Como parte da estratégia anti-Trump, a mídia passou a acusar Trump de desrespeito por usar o termo “Fake News”, que ela mesma havia criado. Até uma comparação absurda, lembrando que Hitler perseguiu os jornalistas que tentaram denunciar o extermínio de judeus foi feita, alegando que também Hitler os acusava de propagar “Fake News”.
Mas o bom da História é que já temos o seu registro. Mesmo que alguém tente dizer que algo não ocorreu, temos como consultar fontes confiáveis.
Como era o comportamento da imprensa norte-americana durante a ascensão de Hitler e Mussolini? Ela levantou bravamente a bandeira da democracia e expôs os dois líderes como tiranos? Vejamos.
Benito Mussolini assegurou o cargo de Primeiro-ministro da Itália marchando sobre Roma com 30.000 “camisas negras” em 1922. Em 1925, ele se declarou líder perpétuo. Apesar de isto não seguir os valores americanos, Mussolini era um queridinho da imprensa norte-americana, aparecendo em pelo menos 150 artigos de 1925 a 1932, a maioria deles neutros, surpresos ou positivos. O New York Times chegou a atribuir ao fascismo o retorno da Itália à sua normalidade.
O sucesso de Mussolini na Itália e entre a imprensa americana praticamente facilitou a aceitação de Hitler quando este começou sua trajetória. No final dos anos 1920 e começo da década de 30, Hitler era citado pela imprensa como o “Mussolini alemão”. O crescimento do partido nazista que, em poucos anos passou de um partido inexpressivo ao principal partido do parlamento alemão através de eleições livres também ajudou parte da imprensa a ver Hitler com bons olhos.
Porém, ao contrário de Mussolini, Hitler não era bem visto por toda a imprensa. Muitos jornalistas o viam de forma ridícula, caricata, mas não detectando nele o perigo que ele realmente representava.
Quando Hitler se tornou Chanceler da Alemanha em 1933, The Washington Post publicou que ele iria deixar o radicalismo de lado e se tornar mais moderado.
Embora a imprensa condenasse o anti-semitismo de Hitler, muitos jornais afirmavam que as informações de violências praticadas contra judeus não passavam de propaganda contra Hitler. Notícias negativas eram evitadas. Quando o filho do dono da rede CBS foi espancado por nazistas por não ter saudado o Führer, a imprensa não noticiou isso!
Somente no final da década de 30 a imprensa começou a se conscientizar que havia subestimado Hitler. É importante estarmos cientes disso, para não cairmos no discurso da imprensa norte-americana como grande defensora da liberdade e da democracia e acharmos que sua insistência em atacar Trump vem de sua imensa capacidade de detectar ditadores em ascensão.
Fonte:
http://www.smithsonianmag.com/history/how-journalists-covered-rise-mussolini-hitler-180961407/