Blue Bloods, a defesa dos valores essenciais

Para aqueles que têm acesso ao canal pago Investigação Discovery, uma ótima pedida é a série Blue Bloods.

Numa época onde as séries policiais costumam focar no tétrico, no escatológico, com mais destaque a mutilações, corpos e motivações escandalosas, assim como em técnicas forenses sofisticadas, voltar a assistir a uma série onde os policiais utilizam o bom e velho interrogatório, além do raciocínio para solucionar casos chega a ser revigorante.

A série estreou nos EUA em 2010 e no Brasil em 2011, e ainda está ativa, possuindo já 110 episódios em 5 temporadas.

Em Nova York, uma família com vários membros ligados ao combate ao crime não só se dedica às suas profissões como também mantém estreitos os laços familiares, apesar de algumas eventuais desavenças. A série tem um claro viés conservador, constatável tanto no modo como a defesa da lei e da justiça é um ponto comum de todos os integrantes, como nas relações familiares com a exaltação da verdade, da honestidade e dos valores da família tradicional americana. Não é à toa que o sobrenome da família é Reagan.

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Algumas cenas se repetem em todos os episódios, como o almoço de família no final de semana, na casa do patriarca Henry Reagan (Len Cariou), um Comissário de polícia aposentado, pai do personagem principal, o atual Comissário Frank Reagan, interpretado por Tom Seleck. Nessas cenas familiares são reforçados valores como a religiosidade (sempre oram antes da refeição), o respeito pelos mais velhos e a importância de se buscar ser o mais correto possível.

Com um elenco formado por nomes já famosos como o já mencionado Seleck no papel de Frank Reagan e seus filhos: o detetive Danny (Donnie Wahlberg), a promotora assistente Erin (Bridget Moynahan) e o jovem policial Jamie (Will Estes).

O New York Daily News elogiou o desempenho Selleck como Frank Reagan. Ele também destacou a cena do almoço de família como positivo e elogiou a introdução da discussão moral de questões complexas.

Os perigos do ativismo politicamente correto já foi mostrado mais de uma vez, particularmente no episódio onde o Comissário é pressionado a revelar Informações sigilosas do combate a atentados terroristas e se mantém firme na decisão de não comprometer a segurança de seus agentes e da população novaiorquina para atender a alegados direitos de acesso à Informação.

Para quem ainda não conhece essa série, sugiro fortemente que assista a alguns episódios. À medida que se vai conhecendo os personagens e suas características psicológicas, observa-se como a série é bem escrita.