Você não gosta da esquerda?
Então abandone seus direitos trabalhistas!
Essa frase parece comum? Sim, é uma falácia de argumento por consequência (Argumentum ad consequentiam), onde uma coisa só vai acontecer se você fizer o desejável pela pessoa que lança essa premissa, caso contrário algo de ruim vai te acontecer. Por exemplo: Se você não der dinheiro, não terá sorte na vida.
Premissa: Se você não der dinheiro
Consequência: Não terá sorte na vida.
Mas apesar de ser uma falácia, eles não cansam de repeti-la infinitamente, sempre com a ideia de ter o monopólio da bondade. Nas ideologias de esquerda tudo que é bom e moral tem que estar sob o guarda chuva deles. Não existe bondade fora da esquerda.
Mas para colocar um elefante em cima desse assunto vamos fazer o que eles pedem e mostrar a história bem detalhada sobre cada benfeitoria da qual eles alegam ter criado.
Carteira de trabalho (CTPS) e CLT.
A carteira de trabalho no Brasil foi criada pelo decreto nº 21.175, de 21 de março de 1932, no então presidente Getúlio Vargas. Getúlio Vargas era conservador militarista e admirador do Fascismo de Mussolini. A própria Carteira de Trabalho foi baseada na Carta del Lavoro, criada por Mussolini em 1927. Além de Mussolini, outro documento usado foi a Encíclica Rerum Novarum (Encíclica Das coisas novas), documento escrito pelo Papa Leão XIII a 15 de Maio de 1891, que tratava das condições dos trabalhadores.
Você pode verificar a verdade aqui.
Direitos trabalhistas.
Apesar da forma como foi definida a formalidade do emprego no Brasil ter sido definida na era Vargas, mais direitos foram adicionados em duas partes da história a primeira na constituição de 1967 durante o período militar. Nessa constituição foram adotados os seguintes benefícios:
– PL(Participação nos Lucros).
– Aposentadoria para a mulher com 30 anos de serviço.
Muitos dos direitos trabalhistas atuais foram incluídos na constituição de 1988 , também chamada de constituição cidadã, que foi amplamente criticada e inclusive o partido que representava os trabalhadores e sindicatos (Partido Trabalhista) foi contra essa constituição. Na constituição foram adicionados os seguintes direitos:
-Justiça do trabalho (artigo 114, § 2º)
-Proteção contra demissão sem justa causa(despedida arbitrária).
-Piso salarial Baseado em complexidade do serviço.
-Licença à gestante.
-Licença-paternidade.
-Irredutibilidade salarial.
-Limitação da jornada de trabalho para 8 horas diárias e 44 semanais.
-Proibição de qualquer tipo de discriminação quanto a salário e critérios de admissão do trabalhador portador de deficiência.
Como podem ver quase todos os benefícios e regras de trabalho foram feitas durante períodos Militares(direita) e na volta do voto direto ainda com um candidato de direita onde a esquerda no papel do PT foi contra. Na verdade o que eles fizeram foram tomar controle dos sindicatos usa-los como diretórios partidários. Usam os recursos do sindicato como carros de som, estrutura gráficas e até dinheiro do fundo sindical que teoricamente seria para uso dos sócios, para eleger políticos que futuramente colocam eles em cargos comissionados. Resumindo usam o dinheiro do trabalhador para benefício próprio com a desculpa que estão lutando por eles, quando na verdade as conquistas vieram justamente do Fascismo e do Conservadorismo que eles tanto odeiam.
Os sindicatos.
Os primeiros sindicatos remontam o século XVIII ainda na época medieval como associações de profissionais. Vale lembrar que ao contrário do que prega o marxismo reduzindo o trabalhador a um simples operário, já existiam grandes organizações trabalhistas voltadas para várias profissões como as de profissionais liberais que podiam andar de feudo em feudo, como Pedreiros (Futuros arquitetos e engenheiros civis), médicos, escritores, atores de teatro, advogados e outros. O que forçou a criação do sindicato como temos hoje foi justamente a revolução industrial, onde as pessoas que trabalhavam no campo passaram a trabalhar nas fábricas, em grande maioria nas fábricas têxteis. Marx mesmo vivia de favor da bondade de um abastado herdeiro de fábricas têxteis (Friedrich Engels). Com a popularização das ideias das lutas de classe as organizações trabalhistas passaram a agir junto com a agenda comunista e deixaram de cumprir seu papel principal de negociar acordos de trabalho e fazer o meio campo entre o contratado e o contratante. Outra mentira muito usada pela a esquerda é que foram as lutas sindicais que diminuíram a jornada de trabalho. Normalmente usam fotos de fabricas com crianças ou falam de salários baixos e a jornadas de 16 horas.
O que eles não contam é que isso era comum no campo, de onde essas pessoas vinham. Não existia “jornada de trabalho” o trabalho começava antes do sol nascer e terminava depois do por do sol e sem fins de semana. Com as negociações entre empresas e empregados as jornadas foram diminuindo ano a ano. Como mostra os dados históricos do governo americano. O mercado popular escreveu um artigo muito interessante sobre esse fato:
“Nas aulas de história, você provavelmente ouviu falar sobre as péssimas condições de trabalho dos operários em indústrias de todo o mundo. É provável que também tenha lido que a situação melhorou depois de muita luta dos sindicatos para aprovar leis que protegessem o trabalhador. A narrativa é bonita, mas nem por isso deixa de ser falsa.
Felizmente, o governo dos EUA reúne dados sobre o tema desde o início do século 19. Como podemos ver no gráfico, a jornada de trabalho na indústria americana caiu significativamente no século que antecedeu a aprovação do “Ato dos Padrões Justos de Trabalho”, em 1938, pelo então presidente Franklin Roosevelt.
Não foi o carimbo de Roosevelt num papel que permitiu a melhora nas condições de trabalho nos EUA. Curiosamente, desde então a jornada semanal da indústria americana passou a diminuir de forma mais lenta. Se você quiser entender a melhoria na qualidade de vida dos trabalhadores desde a Revolução Industrial, olhe para a produtividade.
Quando os trabalhadores são capazes de produzir mais riqueza por hora de trabalho, o seu poder de barganha perante o patrão melhora consistentemente. Quando a economia cresce como um todo e começa a demandar cada vez mais trabalhadores qualificados, até mesmo quem não tem qualificação ganha na hora de negociar o contrato de trabalho.
O acesso a novas máquinas e técnicas produtivas, assim como o desenvolvimento econômico, são mais importantes do que qualquer lei. Não custa lembrar que até mesmo Paul Krugman – o mais influente dos economistas de esquerda do nosso tempo – reconhece que “no longo prazo, a produtividade é quase tudo”.
A história nos mostra que, se o objetivo é melhorar as condições dos trabalhadores de forma sustentável e duradoura, não há segredo: precisamos de uma economia de mercado com boas instituições, que forneçam os incentivos adequados a todos os agentes da economia.
Esse gráfico ilustra de forma mais clara a queda natural da jornada de trabalho durante os anos:
Como foi mostrado com provas empíricas e históricas a esquerda pouco tem relacionamento com as melhorias de condições de trabalho e apesar de clamar para si a representação dos trabalhadores, apenas usa as associações de trabalhadores (Sindicatos, Conselhos,Ordens) como ferramenta política, com o objetivo de poder, e não com a ideia de representar a categoria do trabalhador. Hoje temos verdadeiras dinastias de sindicatos onde o mesmo corpo de diretores estão as vezes 30 anos no poder, com patrimônio muito superior ao próprio ex-patrão do Diretor. E pouca representação na categoria, já que o grosso do dinheiro acaba indo para o projeto de poder. É preciso trazer a luz essas informações para evitar que eles continuem ganhando a guerra política com vitória dos outros e sentando no trono da virtude fazendo milagres com o santo alheio.
Fontes:
A Encíclica Rerum Novarum
Carta Del Lavoro
Constituição de 1967
Constituição de 1988
PT Votou contra a constituição de 1988
Hours of Work in U.S. History (Horas de trabalho na História Americana)