A trupi revolucionária é a primeira a criar revoltas e gritos quando o país está prestes a receber um evento esportivo — a tentativa de boicotar a Copa do Mundo em 2014 sob os gritos de “não vai ter copa”, não me deixa mentir. Mas é só começar a festa que as gargantas revoltosas se deliciam pela beleza artística com os shows de fogaréus de artistas de rua.
A Olimpíada teve tudo que a esquerda ama, teve negrinhos dançando, teve funkeira empoderada, teve transsexual, teve de tudo para esfriar a cabecinha desta horda cheia de rebeldia.
A esquerda tem uma concepção tao miserável de revolta, que só foi acender a tocha para que os comentários em relação ao espetáculo fossem feitos adornados por afetos e aplausos.
Bem, os mesmos que adoram caracterizar a direita por alienação e chamar toda a oposição de mentes fechadas acabam de tropeçar em seus próprios jargões. A baderna midiática domou os baderneiros.
Que sirva de lição, para que aquele jovenzinho transvestido de revolucionário pare de gritar por mudanças, é só colocá-lo diante da TV com negros do morro do Alemão, trans e índios fazendo festa.
Desde quando essa gente se importa com o número dos homicídios que beiram os 70 mil? Que se dane que o Rio é uma das cidades mais violentas do universo, que se fodam os estupros que acontecem em bailes funk, que se foda toda a marginalidade das favelas.
Maquie tudo isso, romantize, faça ser transmitida pela Globo (golpista ou não, porra?) e o resultado é esse. Um bando de pseudo-adultos fantasiados de pseudo-revolucionários aplaudindo um pseudo-evento.
Amanhã os homicídios continuarão acontecendo, mas que se foda, a pira olímpica estará acesa.
Viva ao Brasil, seja lá quem somos.