Apesar da expectativa positiva para o setor portuário, portos brasileiros ainda precisam buscar uma saída para a burocracia e dificuldades de infraestrutura que enfrentam.
Para a Associação Brasileira dos Terminais Portuários (ABTP), o Brasil deve ter uma expectativa positiva para a atividades nesse ano que se inicia. Porém, para que possa vislumbrar uma boa recuperação das exportações e importações, os portos brasileiros precisam vencer algumas dificuldades, como a falta de investimento em infraestrutura, investir em modernidade nos portos e solucionar problemas burocráticos.
As projeções da Companhia Docas do Estado de São Paulo (Codesp), a estatal que administra o cais santista, apontam para um volume de 119,6 milhões de toneladas movimentadas neste ano. As operações com contêineres devem somar 3,7 milhões de TEU (unidade equivalente a um contêiner de 20 pés) entre embarques e desembarques.
Essas são expectativas do presidente da ABTP e tem como base um anúncio do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (Mdic) que promete atrair mercados e investimentos maiores para os produtos e portos brasileiros.
“Se o Brasil procurar grandes mercados, como o americano, e tiver sucesso, é um caminho para aumentar as exportações. O Mdic quer quebrar freios e abrir o País para outros mercados e isso é muito bom. Apesar da crise, dá um alento para portos, especialmente para Santos”, disse o presidente da ABTP.
Manteli acredita que o excesso de tributação e a burocracia da indústria são os fatos que mais dificultam o bom desempenho do comércio internacional. Além disso, são questões que interferem na competitividade do produto brasileiro no mercado mundial.
Para o diretor do Departamento de Relações Internacionais e Comércio Exterior da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), Thomaz Zanotto, as notícias são boas também para as importações.
Segundo o executivo, após uma queda próxima a 25% no ano, as importações tendem a se estabilizar. Por outro lado, mantido o patamar cambial próximo aos R$ 4,00, as exportações tendem a se recuperar.
“O ano de 2016 deve ser mais positivo para o comércio exterior brasileiro. Mesmo com a menor demanda internacional por commodities, a taxa de câmbio desvalorizada e as mudanças de política econômica da Argentina podem ser benéficas para as exportações de manufaturados”.
Zanotto acredita que a queda das importações foi mais sensível por conta da redução na produção doméstica, já que a indústria consumiu menos insumos importados. “Pelo lado das exportações, o desempenho foi afetado principalmente pela queda dos preços internacionais das commodities”.
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