Ele está em todo lugar. Nos computadores desktop, nos tablets, nos celulares e até em locais insuspeitos como um relógio. A pesquisa do Google, em pouco tempo, parece ter eliminado toda a concorrência em termos de mecanismos de busca na internet.
Quem é mais velho deve se lembrar de quantos mecanismos de busca existiam no passado. Yahoo, Webcrawler, Altavista, e até o brasileiríssimo Cadê. Quando surgiu, graças a seu eficiente sistema de mapeamento da rede, o Google logo se tornou um dos favoritos. Com o anúncio de contas gratuitas de e-mail, essa preferência se tornou uma hegemonia que acabou com os concorrentes.
Porém, a empresa não quis se limitar a isso e foi se expandindo. Comprou o YouTube e vinculou as contas desse serviço às contas de e-mail do Gmail. Hoje, só pode ter uma conta no YouTube quem tem uma conta de e-mail do Google. Em seguida, lançou um navegador, o Google Chrome que ajudou a determinar o fim do Internet Explorer. Com o lançamento de um sistema operacional para smartphones e tablets, o Android, a empresa Google desbancou os outros sistemas operacionais e já está em primeiro lugar em número de usuários.
Porém, esse sucesso foi acompanhado de suspeitas e até denúncias em relação a invasão de privacidade por parte da Google. Qualquer um de vocês já passou pela incômoda experiência de fazer uma pesquisa por algum produto ou serviço utilizando o Google e, logo em seguida, passar a ver esse produto ou serviço aparecer nas propagandas de outros sites que você visita. Há algum tempo, a Apple e a Microsoft, duas empresas que também avançavam na privacidade de seus usuários, vieram a público denunciar que a Google possui uma política de privacidade extremamente invasiva. Uma reclamação dessas, vinda dessas duas empresas, nos faz pensar qual nível desta invasão para que elas cheguem a protestar.
Recentemente, alguns artigos na imprensa têm mostrado que o nível de conhecimento que a Google possui a respeito de uma pessoa chega a ser até assustador. Do conteúdo de e-mails até as fotos tiradas pelos smartphones com Android, tudo fica guardado. Isso tem feito com que algumas pessoas procurem alternativas menos invasivas para, o mecanismo de busca, pelo menos para que suas pesquisas não sejam registradas pela empresa.
– Mantenha suas pesquisas privadas
Se você quer mais privacidade para suas pesquisas, você pode ainda utilizar o Google numa aba privada, desligar o rastreamento de busca ou simplesmente mudar para um outro mecanismo de pesquisa, como o DuckDuckGo, que se orgulha de não invadir a privacidade dos seus usuários.
Além de uma página da Web, o mecanismo tem seu próprio aplicativo para smartphones e tablets, como o do Google. Suporta um número extremamente grande de idiomas, inclusive Esperanto.
– Faça pesquisas mais técnicas
Google não é um bom mecanismo de pesquisa para se obter informações sérias sobre ciência, matemática e outras áreas mais técnicas do conhecimento. Para isso, que tal experimentar o Wolfram Alpha? Ele é capaz de te dizer até a posição atual da Estação Espacial. Enquanto o Google é capaz de fazer algumas operações matemáticas simples, Wolfram Alpha calcula frações, probabilidades e outros cálculos avançados de forma mais profunda. Ele até te dá as palavras mais frequentes em grandes obras da literatura. Também possui aplicativo para dispositivos móveis.
– Faça melhores pesquisas de vídeos
Quer achar aquele vídeo específico? Ou procurar várias opções de sua música preferida? Ou um curso em vídeo? Pois saiba que o melhor mecanismo de busca para isso não é o Google e sim o Bing, da Microsoft. Experimente e verá.
Os resultados aparecem lado a lado e é possível assistir ao vídeo na própria página do Bing, sem a necessidade de ir para o YouTube. Você pode refinar sua pesquisa por duração, data, resolução e origem.
– Para os usuários da Deep Web
Se você é um usuário da Deep Web, não estamos aqui para te julgar. Embora o Google não alcance a maioria da Deep Web, alguns usuários ainda podem utilizá-lo e terem toda a sua atividade registrada pela companhia. Nesse caso, os mecanismos de busca sugeridos são o DuckDuckGo e o Grams.
É muito difícil modificar um hábito, mas que tal fazer uns testes nesses mecanismos. Foi assim que o público passou do Yahoo e Altavista para o Google.
Fonte: http://fieldguide.gizmodo.com/5-reasons-not-to-use-google-for-search-1785396969