Hoje, se todas as previsões, se confirmarem, o processo de impeachment passará na Câmara. É um primeiro passo, pois ainda tem o Senado, mas já será o começo da saída do buraco no qual o PT e outros partidos de esquerda meteram o país.
Em meio a inúmeras notícias e boatos, destacam-se alguns comentários que merecem ser analisados ou reputados.
A afirmação de que um processo de impeachment conduzido por um presidente da Câmara que está sendo processado não tem validade, é o mesmo que você dizer que um assaltante não pode ser preso por um policial que responde processo administrativo. Enquanto ele puder exercer sua função, ela deve ser plenamente exercida.
“Ah, mas ele é corrupto!” Só lembrando que o presidente da Câmara na época do impeachment de Collor era Ibsen Pinheiro, que mais tarde renunciou em meio ao escândalo dos anões do orçamento. Era um corrupto julgando outro. Ou seja, devemos devolver o mandato ao Collor porque seu processo de impeachment foi inválido??
Outros alegam que, uma vez que Dilma seja afastada, Temer se sentiria livre para fazer o que bem entendesse em termos de administração. Aparentemente, o fato de Lula e Dilma terem feito o que bem entendiam nos seus governos não incomodou tanto essas pessoas. Só para citar um caso grave por Presidente: Lula não descansou enquanto não conseguiu remover o presidente da Vale, que se recusava a investir em atividades de alto risco. Uma vez removido, Lula forçou a empresa a fazer investimentos que se mostraram catastróficos e, hoje, a Vale está em meio a uma crise imensa. Já Dilma implantou um programa que trazia médicos do exterior contra as opiniões do Conselho de Medicina, sindicato dos médicos, Associação Médica Brasileira. Hoje sabemos que esse programa não visava melhorar a saúde da população, mas enviar dinheiro a Cuba. Nem mesmo sabemos se esses cubanos são realmente médicos, haja visto as condutas que vêm praticando.
Mas alguém realmente acha que, após o segundo impeachment em menos de 30 anos, algum Presidente ficará confortável e tranquilo? A partir de hoje, se tudo der certo, até mesmo presidentes com grande apoio político terão dúvidas de quanto tempo esse apoio durará, caso a população volte a sair às ruas. Criamos assim, uma condição até que benéfica, uma vez que ser eleito não dará a um Presidente a certeza da impunidade.
Ontem, foi divulgado pela GloboNews, em tom de piada, que o Diário Oficial daquele dia estava bem grosso, cheio de nomeações devido às manobras de Dilma para obter votos. É isso que algumas pessoas parecem não compreender. O PT transformou o fisiologismo em modo de governar e a mídia aceita isso passivamente. Sabem quando a imprensa iria dizer isso num país sério e ficar por isso mesmo?? Nunca!! Ou o jornalista seria investigado por mentir, se fosse mentira, ou o governo cairia se fosse verdade. Aqui, isso é feito às claras e nada acontece.
Um dos ótimos resultados desse processo todo é vermos novas (e não tão novas assim) lideranças políticas surgindo mais à direita no espectro político. É gratificante ouvir discursos de Ronaldo Caiado, Onyx Lorenzoni, Eduardo Bolsonaro e seu pai, Jair Messias, expondo a visão de quem não acompanha a assim chamada agenda “progressista”, mas que não leva progresso a lugar nenhum. São poucos ainda, mas temos esperanças no futuro.
Esse processo também será bom pela renovação do Congresso que ele provocará. No impeachment de Collor, somente um dos parlamentares que votaram contra conseguiu ser reeleito. O que esses deputados contra o impeachment parecem pensar é o seguinte: “Eu estou pouco me lixando para quem diz que não irá votar em mim, se eu votar contra, pois meu eleitorado é outro”.
De certa forma, estão certos. Porém, as pesquisas dão que 93% da população quer o impeachment. Tudo bem, vamos dar um desconto e reduzir isso para, digamos, 80%.
Isso quer dizer que os votos desses deputados, nas próximas eleições, terão que ser obtidos de 20% da população. Mas só se vota em UM deputado, ou seja, todos eles irão disputar um eleitorado pequeno e que dificilmente os reelegerá.
E isso se o Governo Temer for igual ao de Dilma, porque se Temer conseguir melhorar a situação do país, até parte dessas pessoas que eram contra, vai mudar de opinião e se voltar contra os deputados que não apoiaram o impeachment. Ou seja, reduz ainda mais o número de votantes para eles.
Assim, a aprovação do processo de impeachment não representa somente o afastamento de Dilma, mas uma renovação real, a curto, médio e longo prazos.