PARE DE ACREDITAR NO GOVERNO
Por que os brasileiros não confiam nos políticos e amam o Estado
2015 – Bruno Garchagen
Ótimo livro. Agradável, didático e bem humorado. Merece ser lido tanto pelos que querem menos Estado, quanto pelos que querem mais, para ver se seus argumentos são melhores do que os do autor.
Por meio de uma verdadeira aula de História, o autor nos mostra, desde o descobrimento do Brasil, como se criou essa mentalidade estranha onde o povo não confia nos políticos, mas quer que o Governo tome conta de todos os setores da sociedade. Eis alguns trechos:
“O livro começa com D. Manuel I e termina com Dilma Rousseff, comprovando que nada é tão ruim que não possa piorar.”
“A liberdade individual do cidadão é o primeiro bem; e protegê-la é o primeiro dever de qualquer governo” Hipólito José da Costa
“A elite, entendida como o que há de mais valorizado e de melhor qualidade, e não apenas como grupos que controlam o poder, é fundamental a qualquer comunidade. Serve como referência positiva e marca distintiva. Sem uma elite, ou elites, não há como sabermos o que é melhor e, portanto, não podemos diferenciá-lo do que é médio ou do que é ruim.”
“O mal grandíssimo e irremediável das instituições republicanas consiste em deixar exposto à ilimitada concorrência das ambições menos dignas o primeiro lugar do Estado, e, desta sorte, o condenar a ser ocupado, em regra, pela mediocridade” Rui Barbosa, a respeito do republicanismo.
“Quando políticos como Lula atacam as pessoas que trabalham para financiar compulsoriamente o governo e os programas sociais, não estão sendo apenas ofensivos, mas definindo os termos de uma clivagem da sociedade em que se colocam como árbitros legítimos do conflito que eles próprios criaram.”
“O que começou com intervenções políticas na economia também passou a incidir na esfera da limitação da liberdade de escolha e de decisão, e extrapolou para a orientação dos modos de vida e dos comportamentos individuais, como impedir que os pais eduquem os seus filhos em casa ou inserir no currículo escolar estímulos para que as crianças se masturbem e tenham relações sexuais.”
“Porque a tutela estatal nos é apresentada de uma maneira tão astuta a percepção da sociedade é de que se trata de algo bom, virtuoso, feito com a melhor das intenções.”
“Se não assumirmos a nossa responsabilidade, sempre haverá um político disposto a fazê-lo.”
“Se não há uma cultura que oriente e defina a política, a política irá orientar e definir a cultura.”
“Deixar o país na mão dos piores não nos torna melhores.”
“Se mesmo com nojo ou certo desprezo, a maioria da sociedade não ignorar a política, já avançaremos bastante.”