Posse de Trump: o que ocorreu e que a mídia contou

Donald Trump é uma dessas figuras das quais é impossível se ter uma ideia neutra. Ou se ama ou se odeia. Ou se concorda ou se discorda radicalmente de suas posições políticas.

Há tempos que o mundo não via uma figura assim. Autêntica, sem dissimulações ou preocupação com a opinião alheia. Talvez por isso as pessoas estejam estranhando tanto seu modo de ser.

Porém, por mais que a grande mídia, na sua maioria com preferências por ideias de esquerda, tenha discordado das propostas de Trump, tenha trabalhado ativamente para tentar destruir sua candidatura e até espalhado mentiras a seu respeito, após sua vitória, já passou da hora dessa mídia parar com as mentiras e distorções. Estamos em plena era da informação via internet. Se mais e mais pessoas perderem a confiança na imprensa, em pouco tempo esses jornalistas estarão na rua da amargura.

Se a imprensa americana é tendenciosa e venal, a brasileira é isso elevado ao cubo. Aqui não se tem a mínima preocupação com a veracidade da notícia, desde que ela confirme as ideias dos jornalistas brasileiros. Por isso a cobertura da GloboNews, o principal canal de notícias brasileiro, ultrapassou todos os limites da ética imagináveis.

Antes da posse, a GloboNews teve o desplante de divulgar a “informação” da CNN de que, caso Trump fosse assassinado antes da posse, Obama escolheria um sucessor temporário. A internet reagiu indignada com a má fé da matéria, tanto em relação à CNN, já acusada de Fake News por Trump, quanto à GloboNews. A jornalista Maria Beltrão, com sua arrogância característica, comentou ironicamente que fazia parte do trabalho de noticiar informar essas coisas. Desafio a jornalista a mostrar alguma notícia semelhante antes da posse de Obama ou outro presidente americano.

Em seguida, os jornalistas passaram a repetir exaustivamente que o número de pessoas esperadas para a posse deveria ser bem menor do que o da primeira posse de Obama (1.8 milhão de pessoas, recorde até agora). Em nenhum momento foi comentado que a capital, Washington, fica numa região onde Hillary venceu ou que Trump teve sua vitória graças ao voto dos estados centrais dos EUA, muito longe da capital. Nem mesmo a questão financeira, uma vez que Trump conquistou o apoio da maioria dos rednecks, white trashes, desempregados, e outras pessoas que não podem se dar ao luxo de viajar milhares de quilômetros para uma posse. Nem mesmo citar que o anúncio de protestos violentos contra Trump poderia espantar as pessoas. Tudo era dito como se Trump não tivesse sido eleito democraticamente e que ninguém o apoiava.

O contraste entre a forma desrespeitosa com que esses jornalistas se referiam a Trump e o louvor explícito ao ditador Fidel Castro quando de sua morte foi gritante. Alguém que chegasse à Terra nesse último mês iria pensar que Fidel foi um grande democrata e que Trump tomou o poder usando a força…

Trump fez um discurso muito bom. Iniciou elogiando Obama no trabalho de transição das duas administrações. Em seguida deixou claro que suas propostas de campanha não seriam esquecidas. O “jornalista” Guga Chakra, que por motivo desconhecido é considerado pela GloboNews como alguém que entende de política norte-americana, comentou contrariado que o discurso de Trump era só para seus eleitores e não um discurso conciliador como de outros presidentes. Propositalmente Guga esqueceu de mencionar que o discurso da vitória de Trump foi de união nacional e de esquecimento das ofensas de campanha. Qual a resposta que ele teve? Protestos violentos, uma celebridade de Hollywood mentindo em cadeia mundial sobre ele ridicularizar um deficiente e, no próprio dia da posse, destruição e violência. Por que ele iria fazer um discurso conciliador? Para essa gente? Não! Quem merece um discurso são seus eleitores.

Ao deixar claro que a imensa maioria da população americana sustenta programas que visam melhorar a vida de outros e não dela mesma, ao afirmar que irá governar para criar mais empregos nos EUA, que não vai mais apoiar medidas que criam riqueza em outros países e pobreza nos EUA, Trump foi acusado de nacionalista e populista. Não deixa de ser esquisito você ver que um presidente de um país afirmar que irá trabalhar para melhorar as condições de seu povo e aumentar a riqueza do país passou a ser algo ruim. Só o conceito de globalismo pode explicar alguém achar que a função de Trump é melhorar a vida dos moradores da Namíbia.

O que esperamos dos próximos dias? A tradicional distorção da realidade da mídia esquerdista. Obama teve diversos atentados em seus dois governos. O primeiro atentado ocorrido na administração Trump será atribuído ao seu “discurso de ódio”. Ocorreram diversos incidentes com atiradores em escolas na administração Obama. O primeiro que ocorrer sob o governo Trump será atribuído ao direito de se ter uma arma que ele defende. A mídia brasileira não tocou no assunto que foi na administração Obama que um grupo de 20 brasileiros saiu das Bahamas com o objetivo de entrar ilegalmente nos EUA e desapareceu. Mas se UM único brasileiro morrer tentando entrar nos EUA a partir dessa sexta-feira, a imprensa irá noticiar durante o dia todo e, é claro, culpar Trump.

Porém Trump não parece ser o tipo de pessoa que se deixa abater por oposição. Muito pelo contrário. Parece se fortalecer mais. Veremos quem irá ganhar esse cabo de guerra.

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